sábado, 12 de janeiro de 2008

Tolerância para viver em paz

Tolerância para viver em paz
Introdução: A tolerância é remédio que acalma as indignações do coração. A diversidade de tratamentos que recebemos dos outros não deve nos desanimar. Os sábios entendem que as pessoas agem ao sabor do momento, e que muitas são fracas. Mesmo os contrários aos nossos projetos, idéias e até religião, devem ser suportados, entendidos. Tolerância é também paciência, condescendência.
1 – ABRAÃO SUPORTOU LÓ. O histórico sobre o convívio e fatos da vida de Ló, sua família, seus vaqueiros está narrado nos capítulos 13 a 19 de Gênesis. A discussão entre seus vaqueiros e os de Abraão; a escolha de Ló pelas campinas de Sodoma; Abraão libertando Ló das mãos de reis inimigos; a intercessão de Abraão por Ló e sua família.
2 – DAVI SUPORTOU ABSALÃO. Absalão foi o filho vaidoso que Davi gerou. Ele se levantou contra o próprio pai na área política. Vingou o estupro de sua irmã Tamar com a morte de Amom. Absalão foi rebelde. Chegou a se relacionar maritalmente com as concubinas de seu pai. Sua morte foi trágica. Mas Davi o amava e chorou profundamente a morte dele. Ver I Samuel, capítulos 13 a 19.
3 – ABIGAIL SUPORTOU NABAL. Esposa fiel e paciente. O marido era bem sucedido como criador de ovelhas, mas como esposo era de difícil convívio. Alcoólatra, egoísta, cheio de si, valentão, bruto. Não soube valorizar a esposa maravilhosa que teve. Em suma: insuportável! Ainda assim, Abigail, sua esposa, o amava e fazia o que estava ao seu alcance pelo bem de Nabal. Ver I Samuel 25.
4 – JÓ SUPORTOU SEUS AMIGOS. Nos momentos de glória, os amigos de Jó o lisonjeavam, certamente; tinham-no como bem-aventurado. Mas, na desgraça de Jó, após breves protocolos de consolo, os amigos de Jó o censuram, criticam, condenam. Jogam a culpa de sua miséria sobre algum pecado inconfessado. Chegam a pôr em dúvida a integridade do amigo sofredor. Jó conseguiu orar por eles.
5 – JESUS SUPORTOU PEDRO, TOMÉ E JUDAS. Nunca um líder foi tão tolerante como Jesus com seus liderados. Eles eram indecisos, inseguros e até um deles, mal-intencionado. Jesus foi o exemplo de amigo compassivo. Não condenou seus discípulos por serem lentos no aprendizado e nem por serem, algumas vezes, obstáculos aos seus planos. Não exigiu deles a perfeição, mas que o imitassem em tudo o que vissem e ouvissem. Pedro o negou; outros fugiram ao ser preso Jesus; Judas o traiu e, ainda assim, não foi escorraçado nem amaldiçoado pelo Senhor benevolente. Jesus os amou até o fim.
Conclusão: Sabemos que tolerar não é concordar com o modo e os princípios das pessoas, mas conviver sem criar intrigas, rancores; ouvir, ver e orar. Muitas vezes há alteração nas pessoas simplesmente pelo convívio com outrem; pela influência dos bons. A marca do exemplo do bom relacionamento está acima de contradizer, discutir, mas em ajudar, acolher, cooperar. Um gesto de generosidade convence mais que cem discursos.

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